NOTA PRÉVIA: "A presente edição, em confronto com a anterior, publicada em Janeiro de 2004, contém as alterações que o Decreto-Lei n.º 59/2004, de 19 de Março, introduziu nos artigos 508º e 510º, relativamente aos limites de indemnização, quando não haja culpa do responsável, pelos danos de que esses dois preceitos se ocupam." In Código Civil Português

sábado, dezembro 23, 2006

In the meantime...

... Ou entre nós, "no entretanto"...
No entretanto, deixamos para trás algumas coisas, nem sempre porque tenhamos coisas novas, mas porque é preciso. O balanço do ano começou cedo, fins de Novembro e já elaborava a lista dos "adiei novamente". O balanço do ano foi doloroso, mas - no entretanto - vão-se descobrindo em conversas e em em gestos as coisas que por vezes deixamos para trás porque não temos na altura a capacidade para as agarrar. Estamos noutra, a pensar no antes e sobretudo no depois, de tal maneira que o entretanto nos escapa.

Num entretanto feliz, descobri um bonito poema. Às vezes, acho que tenho a mania de ir procurar bonitas letras noutras línguas e achar que cá é tudo tão banal. Rendi-me às evidências e amei este "amor mais perfeito", que vou colocar nas resoluções do novo ano.

Amor que invento
À esquina do meu tempo
Desassossego na alma feito voz
Amor instante
Que abraça este momento
Pássaro aflito
Voando em céu veloz
Com asas de infinito
Muito para além de nós

Amor nascente
Pedaço de ternura
Meu rio de água pura
Correndo até à foz

Amor desperto
Da noite à madrugada
Beijo de fogo nas rosas do meu peito
Amor tão perto
E já essa alvorada
E um rouxinol, amor
Num canto contrafeito
Nos anuncia o Sol
Que espreita o nosso leito

Que a luz do Sol
Acenda num sorriso
Manhãs de paraíso
Amor mais perfeito.

Devidamente atribuído à mestria de Mário Rainho e à Joana, que mo fez descobrir.