NOTA PRÉVIA: "A presente edição, em confronto com a anterior, publicada em Janeiro de 2004, contém as alterações que o Decreto-Lei n.º 59/2004, de 19 de Março, introduziu nos artigos 508º e 510º, relativamente aos limites de indemnização, quando não haja culpa do responsável, pelos danos de que esses dois preceitos se ocupam." In Código Civil Português

quarta-feira, abril 11, 2007

O melhor de nós

Sairam-me as palavras da boca. "A pessoa do meu passado de quem mais tenho saudades!" De uma espontaneidade tal só possível com aquelas coisas que são verdade. Saudades de ti porque se enleiam talvez em saudades de mim... dos 16 anos que conheceste, dos 18 que ajudaste a formar. Saudades dos teus sorrisos, das minhas gargalhadas. Da cumplicidade. Da amizade que não se pede, alicerçada em coisas simples... "Tonteiras", dirias tu de mim. E todas as coisas tontas!

É sem querer que acontecem sempre as melhores coisas. É sem querer que se conhecem as pessoas que despertam o melhor de nós. Quem sabe se porque nelas despertamos o melhor que há nelas.

E as coisas que líamos nos jornais. Sabias bem que a história do terreno em Constância era a brincar. E que a história dos requisitos do namorado (rico e sem mãe!) era a brincar. E que a história de me "escolheres para madrinha" de cada vez que engordavas um quilo era a brincar. Como também (e tão bem) sabias que não me importava nada de as partilhar contigo... como partilhava, a sério, as verdades.

Quis telefonar-te. Não consegui. Consegui hoje. Não resisti ao "Quer aderir à Tele 2?" como não resisto ao "era só para tirar o carro mal estacionado" de cada vez que te toco à campaínha. E tu... mesmo sem carta, caiste. Quis contar-te a boa nova. Que vale mais do que mil terrenos em Constância e um milhão de namorados ricos. Nessa altura, sei que vais sorrir e talvez rir com qualquer coisa tonta que eu corra a dizer para "aliviar" o sério do momento.

Não nos separámos. Não nos despedimos. Não chorámos. Não nos zangámos nem chateámos. Ficou tudo feito de um sorriso de uma gargalhada. Fica de facto de nós e em nós o que de melhor soubemos despertar e criar... esse melhor de nós.